O Acordo Ortográfico de 1990 não estabelece uma ortografia única e inequívoca, deixando várias possibilidades de interpretação em muitos casos, o que tem provocado alguma instabilidade ortográfica. Acresce o facto de no mesmo Acordo existirem demasiadas exceções em relação às regras, o que também contribui para a referida instabilidade. A presente comunicação pretende motivar todos os interessados na elaboração de uma proposta de revisão que vise aperfeiçoar o Acordo Ortográfico de 1990 e estabelecer novos critérios orientadores mais uniformes. Por fim, é também conveniente e vantajoso definir uma política linguística que seja um instrumento de conservação do vasto património que representa a língua portuguesa, reconhecendo a pluralidade e diversidade do nosso idioma. É nosso dever prosseguir na «demanda» de um sistema ortográfico que se adeque a todos os territórios em que se fala e escreve em português.
Palavras-chave: Acordo Ortográfico, ortografia, reforma ortográfica.
Comunicação proferida no colóquio «Ortografia e Bom Senso», Academia das Ciências de Lisboa, 10/11/2015